tag:blogger.com,1999:blog-38299545523447831252024-03-13T03:02:52.697-07:00Uma cidade melhor e mais inclusivaBlog pessoal do professor Elson Pereira sobre Planejamento Urbano .
Aqui você encontra pequenos artigos com opiniões sobre diversos assuntos sobre cidades, em particular sobre Florianópolis.Unknownnoreply@blogger.comBlogger37125tag:blogger.com,1999:blog-3829954552344783125.post-36212576294413109542016-07-12T11:45:00.000-07:002016-07-12T11:45:08.502-07:00O Aburguesamento do Espaço Urbano<span style="background-color: #f6f7f9; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 16.08px;">A palavra Gentrificação é um neologismo português que vem da palavra em inglês Gentrification. Quando pela primeira vez apresentei aos meus alunos um filme sobre esse processo que aconteceu em Portland, nos Estados Unidos, percebi que a tradução do inglês para o espanhol era muito mais elucidativo: aburguesamento.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 16px; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 16px; white-space: pre-wrap;"> Trata-se de um processo, normalmente urbano, que acontece quando áreas, então utilizadas por classes populares, começam a valorizarem-se. Tal valorização espacial, é acompanhada de uma valorização imobiliária (aluguéis, preço dos imóveis) e a população originária, por não poder pagar mais para viver em tais espaços acaba sendo gradualmente sendo substituída por outra com mais recursos financeiros. São inúmeros os exemplos no mundo, mas já podemos observar isto também em Florianópolis: vejam o caso de Cacupé, por exemplo: uma área antigamente ocupada por pescadores, hoje é um bairro de dezenas de condomínios fechados...</span><br />
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 16px; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 16px; white-space: pre-wrap;">Mas isto pode acontecer igualmente com espaço comerciais, normalmente após um processo de intervenção pública,que impropriamente chamam de Revitalização. A palavra Revitalização supõe um espaço sem vida, como se não houvesse vida antes da intervenção. Vejamos o exemplo mais do que atual do Mercado Público de Florianópolis. Valeria a pena uma pesquisa sobre o perfil dos frequentadores do Mercado hoje. Seriam os mesmos de anos atrás ? Ou tivemos ali um claro processo de aburguesamento.</span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3829954552344783125.post-41983352254923053932016-07-12T11:26:00.001-07:002016-07-12T11:26:37.313-07:00Sobre o atentado homofóbico nos Estados Unidos<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<span style="line-height: 19.32px;">Deixei passar alguns dias para manifestar-me sobre o triste acontecimento do final de semana em Orlando, EUA.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
A primeira coisa a se dizer é que, ocultar a natureza homofóbica do massacre de Orlando permite a um segmento da opinião pública condenar o acontecido sem colocar a questão em sua raiz mais profunda: a propagação da homofobia nos diversos meios, no mundo e particularmente no Brasil, se faz primeiramente por palavras, at<span class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: inherit;">é se chegar aos atos de barbárie.</span></div>
<div class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px;">
Muito me tocou uma mensagem escrita por um jovem francês após o atentado; a mensagem é universal; ela diz respeito à França, aos Estados Unidos e muito ao Brasil; ele diz:</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
"nós temos o dever de lembrar que a liberdade de amar é um combate, onde as raízes são também dolorosas e sangrentas, como aquelas pela liberdade de expressão e de muitos outros valores fundamentais hoje, importantes a todos os nossos compatriotas.<br />
Mulheres e homens morrem ainda todos os dias por essa luta: jogados do alto de um imóvel, surrados até a morte no fundo de uma rua, atingidos por balas de revolver no coração de uma noite de festa".</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Precisamos lutar por uma sociedade da tolerância e do respeito.</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3829954552344783125.post-68287959189706804462015-01-15T10:07:00.002-08:002015-01-15T10:07:15.001-08:00Aumento de Tarifa de ônibus e Mobilidade Urbana<br />
<div style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;">
O aumento da tarifa de ônibus e a mobilidade urbana O ano de 2015 começa com notícias preocupantes em relação ao nosso cotidiano, principalmente aquelas ligadas à economia: o </div>
<br />
<a href="http://ndonline.com.br/uploads/global/materias/2015/01/13-01-2015-07-34-13-tarifa-aumento-onibus-passagem-florianopolis.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="211" src="http://ndonline.com.br/uploads/global/materias/2015/01/13-01-2015-07-34-13-tarifa-aumento-onibus-passagem-florianopolis.jpg" width="320" /></a>governo federal anuncia medidas de austeridade econômica com perdas inclusive em direitos sociais; o governo estadual aponta para dificuldades de investimentos em obras historicamente necessárias;<br />
no nível municipal, temos notícias de aumento de IPTU em Florianópolis e um aumento significativo nas passagens de ônibus.É sobre esta última questão que eu quero debruçar-me com mais profundidade.<br />
A mobilidade urbana continua sendo tratada de forma errônea pela grande maioria dos governos<br />
<br />
municipais. No discurso, os dirigentes políticos falam em prioridade do transporte coletivo,<br />
mas continuam reféns da lógica economicista no trato da concessão do transporte público às empresas privadas. E isto tem uma explicação: os governos não aceitam encarar o transporte público<br />
como um direito do cidadão, como a educação e saúde. Para eles o transporte público é um serviço e<br />
por isto deve ser rentável àquele que presta tal serviço. Desta forma, a fórmula de cálculo da tarifa é<br />
simples: somam-se as despesas ao lucro das empresas, e divide-se o resultado pelo número de<br />
passagens pela catraca. O valor final é a passagem que cada passageiro paga. Portanto, é apenas o usuário do ônibus quem paga o serviço.<br />
Mas quem causa todo o problema de congestionamentos em nossas cidades é o transporte individual;<br />
esses congestionamentos são responsáveis pela deseconomia causada pelo tempo perdido nas<br />
filas, pelos acidentes, pela necessidade de gestão do trânsito etc. Os países que compreenderam<br />
isto estão taxando cada vez mais os usuários de automóveis e utilizando esses recursos no transporte<br />
coletivo. Em Londres, a municipalidade arrecada mais e 800 milhões de Reais por ano no pedágio urbano e aplica esse valor no transporte público, inclusive em subsídios para diminuir a tarifa.<br />
Aumentar o valor das tarifas dos ônibus afugentará cada vez mais as pessoas do transporte coletivo, o que aumentará os congestionamentos e a pressão pelas caras infraestruturas viárias urbanas.<br />
<br />
Pelo direito à mobilidade.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3829954552344783125.post-49493456785554691112014-11-10T02:21:00.004-08:002014-11-10T02:23:56.556-08:00Qual cidade esperar após as eleições no Brasil?<br /><br />De maneira geral, a problemática urbana esteve na pauta do debate eleitoral para presidente; o que já é uma grande conquista. Abordou-se o programa Minha <a href="http://quipro.co/2014/11/03/qual-cidade-esperar-apos-as-eleicoes-no-brasil/#">Casa</a> Minha Vida, a mobilidade e a violência urbanas.<br /><br />O país, nos últimos anos, cresceu economicamente. Somos a oitava economia do mundo; sentimos os efeitos desse crescimento em nossas cidades, mas principalmente as externalidades negativas. Parece que quanto mais crescemos economicamente, piores ficam nossas cidades. Embora tenha havido importantes conquistas como os planos diretores participativos e o Estatuto da Cidade, não houve mudanças, nem há novidades na estrutura econômico-social da nossa sociedade e, por consequência, das nossas cidades.<br /><br />Mas, é preciso ainda apontar <a href="http://quipro.co/2014/11/03/qual-cidade-esperar-apos-as-eleicoes-no-brasil/#">outros</a> problemas, além do déficit habitacional e da (i)mobilidade urbana: a ausência de controle estatal sobre a questão fundiária que combata a especulação no preço da terra urbana; a crescente segregação urbana que cria verdadeiras cidades partidas, seja pela auto-segregação – condomínios fechados – seja pela segregação imposta – principalmente favelas; a ausência de um debate sobre a mudança da cultura urbana hoje hegemônica – individualista e desigual – para que possamos discutir temas como equidade, justiça urbana e cidade democrática. Há ainda problemas como a falta de planejamento e a gestão metropolitanos; o crescente processo de empresariamento e privatização da cidade que restringe o solo urbano ao seu valor de troca e a ausência ou insuficiência do papel planejador do poder público.<br /><br />É verdade que a questão do <a href="http://quipro.co/2014/11/03/qual-cidade-esperar-apos-as-eleicoes-no-brasil/#">acesso</a> à moradia é central, mas precisa de uma solução que vá além da construção de moradias nas periferias de nossas cidades, como tem feito o Minha Casa, Minha Vida; este programa exclui da vida urbana milhões de pessoas, além de tornar nossas cidades mais dispersas e, portanto, mais caras, pois a infraestrutura – redes técnicas, transporte coletivo, serviços públicos – precisa chegar nesses espaços pobres de urbanidade. É preciso ainda acrescentar que o Minha Casa é insuficiente quando falamos do combate ao déficit de moradia para as famílias de mais baixa renda.<br /><br />Por sua vez, os problemas relacionados à falta de mobilidade urbana, apesar da existência de uma lei que estabeleceu uma política nacional bastante avançada, ainda não foram solucionados; somos reféns do carro e de demandas por aumento da infraestrutura viária. Verifica-se que não são apresentadas soluções articuladas com a ocupação do solo urbano; as soluções hoje são pensadas a partir da cidade como um dado a priori; é necessário mudar a própria forma das cidades, para que possamos criar espaços mais propícios para a mobilidade.<br /><br />É preciso aqui distinguir mobilidade de transporte: o primeiro, é a capacidade de irmos de um lugar a outro; o segundo, são os meios de levar pessoas ou cargas de um lugar para outro. De forma que é possível haver mobilidade sem transporte. Há a caminhada, por exemplo, mas para isto precisamos de cidades que propiciem o pedestrianismo, seja pela proximidade dos objetos urbanos, seja pela <a href="http://quipro.co/2014/11/03/qual-cidade-esperar-apos-as-eleicoes-no-brasil/#">qualidade</a> dos espaços. Por outro lado, também é possível existir transporte sem mobilidade, quando, por exemplo, as tarifas do transporte coletivo são tão altas que não permitem o acesso de uma parcela da população a este serviço, aliás, direito.<br /><br /><br /><a href="https://revistaquiproquo.files.wordpress.com/2014/11/img_4598.jpg"><img src="https://revistaquiproquo.files.wordpress.com/2014/11/img_4598.jpg?w=760&h=506" /></a><br /><div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Elson: “a presidente reeleita, Dilma Rousseff, se tiver vontade política, pode retomar os princípios da Reforma Urbana que indicam que uma mudança definitiva na cidade brasileira precisa de transformações na sua estrutura social e econômica.” (Foto: Alberto Goulart)</span></div>
<br /><br />No primeiro mandato do presidente Lula, aconteceram avanços importantes na questão urbana; a partir do Movimento Nacional pela Reforma Urbana, houve um processo de institucionalização democrática na gestão da política urbana brasileira. Em 2003, foi criado o Ministério das Cidades como órgão central deste processo; foram criados igualmente conselhos representativos, com destaque para o Conselho das Cidades e formas democráticas de discussão como as conferências das cidades. A reflexão sobre a cidade enriquece-se em forma e em conteúdo.<br /><br />Infelizmente, alguns anos depois, em nome da governabilidade, o Ministério das Cidades perdeu seu caráter estratégico de reforma e esvaziou-se, inclusive em seu quadro, que perdeu importantes atores comprometidos com profundas mudanças.<br /><br />A presidente reeleita, Dilma Rousseff, se tiver vontade política, pode retomar os princípios da reforma urbana que indicam que uma mudança definitiva na cidade brasileira precisa de transformações na sua estrutura social e econômica. Qualquer ação visando a melhoria da mobilidade, da habitação ou de qualquer outro elemento da vida urbana precisa preliminarmente do reconhecimento do direito de todos à cidade. Direito à cidade aqui entendido não somente como direito aos direitos fundamentais – necessários e urgentes – mas, de forma mais ampliada, ao direito à vida urbana, à integração social, à sociabilidade.<br /><br />Por fim, o ideal de transformação da realidade urbana brasileira ainda se encontra presente e essa transformação tem a necessidade do aprimoramento da própria democracia, exigindo do poder público condições institucionais para uma maior participação da sociedade civil.<br /><br /><br />Obs: texto publicado na Revista Quipr.co (http://quipro.co/2014/11/03/qual-cidade-esperar-apos-as-eleicoes-no-brasil/)Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3829954552344783125.post-13770739392918470382014-07-07T05:35:00.003-07:002014-07-07T05:35:59.534-07:00Pelo direito de viver (n)as nossas cidades<!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<div class="MsoNormal">
A reportagem sobre os brasileiros que compram imóveis na
Flórida, publicada no DC no último 6 de maio, corrobora minha hipótese de que a
elite brasileira abdicou do sonho de viver a cidade no Brasil. Eu costumo dizer
que quando a classe média e média-alta brasileira quer vida urbana ela não se
dirige aos centros de nossas cidades; ela toma a direção dos aeroportos
internacionais para buscar no exterior essa experiência...</div>
<div class="MsoNormal">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigxCe8pENgG1_qchcbAXkYOX6jcG22wwifoJirqe5HqF44zWj15dhuMEYPRYstwZMdNGpsT0kdRpGUS60WYfnrnbZN-9KWXfDXIq4czPqUsf1FDYM6POmipWFCqfguHipGYFT9BgRy4zA/s1600/DSC00446.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigxCe8pENgG1_qchcbAXkYOX6jcG22wwifoJirqe5HqF44zWj15dhuMEYPRYstwZMdNGpsT0kdRpGUS60WYfnrnbZN-9KWXfDXIq4czPqUsf1FDYM6POmipWFCqfguHipGYFT9BgRy4zA/s1600/DSC00446.JPG" height="240" width="320" /></a>Algumas cidades europeias e americanas propiciam bons modos
de vida de urbana: espaços públicos de qualidade, segurança, conviviabilidade.
Paradoxalmente, muitos dos que viajam são os responsáveis pela produção
imobiliária brasileira e constroem cada vez mais espaços segregados e
desprovidos de um mínimo de urbanidade. Há uma falsa compreensão que espaços
privados fortificados trazem segurança. Não percebem que as cidades por eles procuradas
no exterior têm desenvolvido cada vez mais ações de integração entre o público
e o privado e algumas chegam a proibir condomínios fechados e shopings centers
sob a alegação que eles destroem o tecido urbano que propicia a urbanidade e
mais segurança.</div>
<div class="MsoNormal">
Infelizmente esse <i style="mso-bidi-font-style: normal;">modus
vivendi</i> tem se expadido para outras classes sociais ao ponto de mesmo os
empreendimentos Minha Casa Minha Vida da grande Florianópolis reproduzirem a
forma segregada de se viver (n)a cidade.</div>
<div class="MsoNormal">
É preciso que repensar a maneira de construir cidades; é
preciso que os produtores imobiliários, mas principalmente os órg<span style="mso-tab-count: 1;"></span>ãos públicos, compreendam a
íntima relação entre produção individual e construção da cidade. Cidades
dispersas, espaços segregados, shopings centers não contribuem para construção daquilo
que a cidade tem de melhor: a sociabilidade e a convivência urbana. Caso
contrário, só restará o caminho para o aeroporto...</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3829954552344783125.post-18423339785871849492014-06-10T16:48:00.000-07:002014-06-11T19:38:53.361-07:00O teleférico e a Mobilidade Urbana<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyYzsFahBuChQmH77OlOeLppQnLps0Fo7Q7B10pU56Fu9BEB5bPKxjDy3ITe8KmOvRxIYm40Jx2h7NEZPYbI_BrO204M53RKUAUtqOEu1n2qw0pC9BbqSHJZLQCQSdwhBuRqkqgwvbZx4/s1600/%C3%8Dndice.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyYzsFahBuChQmH77OlOeLppQnLps0Fo7Q7B10pU56Fu9BEB5bPKxjDy3ITe8KmOvRxIYm40Jx2h7NEZPYbI_BrO204M53RKUAUtqOEu1n2qw0pC9BbqSHJZLQCQSdwhBuRqkqgwvbZx4/s1600/%C3%8Dndice.png" height="195" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Mais uma vez assistimos em Florianópolis a uma possível
ação da prefeitura municipal desvinculada de um planejamento mais abrangente: a
construção de um teleférico ligando o centro da cidade à Universidade Federal
de Santa Catarina, passando pelo Morro da Cruz.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3829954552344783125" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Não existe na capital qualquer estudo de conjunto que
articule soluções de modo a resolver o grave problema de mobilidade da região
conurbada, que envolva os municípios de São José, Palhoça e Biguaçu. É
necessário um plano que dê vazão às necessidades de deslocamento da população e
de mercadorias em um</span></span><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"> </span><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">território marcado
por graves problemas viários, onde há predominância do automóvel sobre outros
modais (mesmo transportando menos pessoas que os ônibus e ocupando mais espaço
nas vias), com inexistência de maneiras alternativas de fazer a </span></span><span style="line-height: 18.399999618530273px;">transposição</span><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;"> das baías norte e sul, sem um sistema cicloviário abrangente, interligado e seguro, sem
calçadas que permitam um pedestrianismo adequado. </span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Como solução aos graves problemas de mobilidade, a
prefeitura impõe (não é uma proposta aberta ao debate público) um sistema caro
de bondinhos </span></span><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"> </span><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">(mais de 150 milhões de Reais),
de baixa capacidade de transportar pessoas, de alto custo de operação (com alta
tarifa ou fortemente subsidiado), de alto consumo de energia e principalmente,
desarticulado do resto do sistema de transporte público. O Professor Werner, da Universidade Federal de Santa Catarina, já apresentou várias vezes estudos sobre a baixa capacidade de transporte de pessoas pelo </span></span><span style="line-height: 18.399999618530273px;">teleférico</span><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;"> e seu alto custo de funcionamento.</span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Com o mesmo custo, seria possível implantar
aproximadamente 15 quilômetros de sistema de BRT, considerando não apenas os </span></span><span style="line-height: 18.399999618530273px;">ônibus</span><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;"> articulados de alta capacidade de transporte, mas igualmente a
construção de pistas exclusivas, estações de embarque etc.</span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Seria muito importante para a sociedade se a prefeitura
apresentasse as razões de implementação de um sistema tão caro e que não trará
mudanças significativas ao nosso cotidiano de engarrafamentos.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3829954552344783125.post-21427108109667307312014-05-21T07:39:00.001-07:002014-05-21T07:39:56.111-07:00A Política de Pessoas Comuns<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 6pt; text-align: center;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 12pt; line-height: 115%;">A Política de Pessoas Comuns<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 6pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 6pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 12pt; line-height: 115%;">A palavra República, em sua etimologia, vem do </span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Latim" title="Latim"><span style="color: windowtext; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 12pt; line-height: 115%; text-decoration: none; text-underline: none;">latim</span></a><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> </span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Res_publica" title="Res publica"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: windowtext; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 12pt; line-height: 115%; text-decoration: none; text-underline: none;">res publica</span></i></a><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> e significa "coisa pública". Não obstante sua origem estar ligada aos gregos, seu sentido mudou ao longo da história e hoje ela é<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>vista como um </span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Governo" title="Governo"><span style="color: windowtext; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 12pt; line-height: 115%; text-decoration: none; text-underline: none;">governo</span></a><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> no qual o </span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Chefe_do_Estado" title="Chefe do Estado"><span style="color: windowtext; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 12pt; line-height: 115%; text-decoration: none; text-underline: none;">chefe do Estado</span></a><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> é eleito pelo povo ou por seus representantes. Ou, dito de maneira mais ampla, um Estado governado por representantes do povo, sem necessidade de ser descendente ou parente de outros governantes. Na República são pessoas do povo que devem compor a classe política.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 6pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Temos presenciado, no Brasil, uma descrença crescente nos representantes do povo ao ponto de haver quase uma deslegitimação dos políticos. Isto decorre em grande parte pela distância cada vez maior do político brasileiro das pessoas comuns a quem eles representam. Os políticos parecem acreditar que compõem uma casta seleta da sociedade, o que, em sua essência, seria a própria negação da República.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 6pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>O que vimos nas manifestações de junho do ano passado foi algo além de protestos contra<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>realização da<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Copa <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>do </span><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Mundo de Futebol no Brasil; foram manifestação contra a forma de governar o país; foram manifestações contra a maneira de gastar os recursos públicos; foram manifestações contra os partidos políticos e contra a forma de fazer política no país. Foram manifestações que reivindicavam mais República.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 6pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Mais República significa mais oportunidades, mais direitos, mais dignidade, mais justiça para as pessoas comuns; tudo isto tem como princípio a igualdade diante do Estado. Ou somos todos iguais diante do Estado ou não somos uma República.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 6pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Os políticos, numa República, não podem estar fora da sociedade; precisam vivê-la em intensidade para melhor comprender seus problemas e <span style="mso-tab-count: 1;"> </span>assim discuti-los e propor soluções. A República precisa que as pessoas comuns se apresentem para a política; para fazer a boa política; para que as pessoas possam reacreditar na política: uma política feita de pessoas comuns, para pessoas comuns.<o:p></o:p></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3829954552344783125.post-1971371555706408992014-04-11T11:13:00.000-07:002014-04-11T11:13:38.284-07:00O valor do espaço público<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3dU77BtX52K9cU2pF6zvjZfiv3OFeJ8bV29Vq-NnoFZTFilYwV0cRZGarbjh7xM_4D65QvNtbfcicaiPSKFTtQmdyeqUs2iJm3xNpEoLB_vNISiG8ka8hLMMPiZiWX8P2GK8WLkaTUeo/s1600/DSC08856.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3dU77BtX52K9cU2pF6zvjZfiv3OFeJ8bV29Vq-NnoFZTFilYwV0cRZGarbjh7xM_4D65QvNtbfcicaiPSKFTtQmdyeqUs2iJm3xNpEoLB_vNISiG8ka8hLMMPiZiWX8P2GK8WLkaTUeo/s1600/DSC08856.JPG" height="240" width="320" /></a></div>
Muitas pessoas veem a cidade apenas de maneira utilitarista: é o lugar onde moro, onde trabalho, onde circulo. Esta visão de cidade levou muitos administradores no Brasil a não investir em espaços públicos de qualidade e com isto destruiu-se aquilo que as cidades têm de mais rico: sua capacidade de formar cidadãos; é nos espaços públicos que encontramos o outro, que construímos relações de sociabilidade e assim constituímos uma esfera pública que permite discutir os problemas comuns da comunidade e superá-los. É nos espaços públicos que conhecemos os diferentes e por isto derrubamos as barreiras do preconceito, do medo, da indiferença. Lembremos-nos de nossa infância quando a rua era extensão de nosso quintal. A não valorização dos espaços públicos como lugares de convivência levou ao individualismo, à busca egoísta de solução apenas dos problemas de cada um e perdeu-se a noção de comunidade, de sociedade; hoje, muitos veem as praças e esquinas como lugares marginalidade e da delinquência. da Na grande Florianópolis, vemos poucos investimentos em espaços públicos de qualidade e esses poucos espaços são rapidamente apropriados pela população. Ao contrário, os administradores públicos apostam visivelmente na degradação de certos espaços para justificar a implantação de investimentos privados. As comunidades, organizadas em bases distritais durante a elaboração do plano diretor de Florianópolis, apontaram vários espaços que poderiam tornar-se belos lugares públicos no Campeche, Lagoa, Pântano do Sul, Córrego Grande, etc. A viabilização desses espaços poderia inverter o direcionamento do tipo de cidade que hoje temos, voltada ao uso individual e ao consumo. A implantação de espaços comunitários de qualidade poderia ajudar na construção de uma cidade voltada para seus habitantes. Infelizmente muitas dessas demandas foram ignoradas. Inverter a lógica de uma cidademercado na direção de uma cidadedireito é fundamental para construirmos uma cidade melhor para as futuras gerações. À nossa geração cabe a função de construir essa nova cidadeUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3829954552344783125.post-42607038901770768602014-03-23T10:59:00.001-07:002014-03-23T10:59:36.912-07:00Presente requentadoHá dois anos escrevi este texto no aniversário de Florianópolis.<br />
Como pouca coisa mudou, acho que posso repetir meu presente...<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhc1rCe98vaWoWpawLZcA7z5O-vdN5SKXd4qKWElp9zrtamUquZFGdOYW2N0dRhtVlAAben5dUh2dw3ql-9QpjRWkqz1aA2rZAr60REgupiWqy_0JtEoKTPG799NDtqlcTZnfdGwHwA2Q/s1600/florianopolis_noite.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhc1rCe98vaWoWpawLZcA7z5O-vdN5SKXd4qKWElp9zrtamUquZFGdOYW2N0dRhtVlAAben5dUh2dw3ql-9QpjRWkqz1aA2rZAr60REgupiWqy_0JtEoKTPG799NDtqlcTZnfdGwHwA2Q/s1600/florianopolis_noite.jpg" height="203" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="post-body entry-content" id="post-body-7662022093051055286" itemprop="description articleBody" style="position: relative; width: 490px;">
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<b style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Pra ti, Florianópolis<o:p></o:p></b></div>
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br /></span><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Neste dia em que dizem ser teu aniversário, eu quero te desejar tudo de bom.</span></div>
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Tu que a todos acolhes, embora de maneira muito diferente; alias, há muito tempo tu fazes isto; desde o tempo em que teus governantes expulsaram os pobres do Rio da Bulha até hoje quando ignoras muitos deles morando nas mais de sessenta favelas que estão em teu território. Mas acho que não és tu que ignoras os pobres, pois eles também são Florianópolis; é Floripa, este apelido que te deram para atrair turistas e que justifica tantas ações em teu nome. Aliás, não quero te ver tratada por Floripa; marketing de segunda categoria não combina contigo; não precisas, tens essência, tens povo, tens identidade, e isso tudo desde sempre, Florianópolis.<a href="http://www.blogger.com/" name="_GoBack" style="text-decoration: none;"></a> Também não és mais Desterro, pois encontramos em ti a terra para viver.<br /></span><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Felicidades por teu aniversário, mas desculpe pelo desleixo com o qual és tratada: como tuas lindas praias podem estar poluídas e a empresa pública responsável por teu saneamento ter lucro e o distribuí-lo para seus diretores? Como pode teu território continuar sendo ocupado sem um mínimo de planejamento, deixando que cada nova ideia, muitas vezes pouco pensada, se instale de maneira irreversível como a Estação de Tratamento de Esgoto na tua sala de visita ou um sistema de ônibus ineficiente e caro?</span></div>
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Não nos queira mal, mesmo que sobre teu território alguns rasguem notas de dinheiro e joguem espumantes caríssimos fora como signo de riqueza (pobres almas), quando tantos nada comem sobre este mesmo território; não nos queira mal mesmo que cubram teus cursos d’água e digam que as enchentes são por causa da chuva intensa; não nos queira mal mesmo que ideias (e obras) mirabolantes te afastem do mar como um aterro em teu centro histórico; não nos queira mal mesmo se a administração municipal ignore aqueles que vivem em teus distritos e clamam por espaços públicos, ciclovias, segurança e melhores condições para se locomoverem.<br /></span><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Te amo Florianópolis; não sou do contra; sou a favor que continues bela e atraente com tua silhueta de mulher curvilínea e não retificada por muros de arrimo.</span></div>
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Te amo Florianópolis e quero te ver sendo construída, mas de outra forma: favorecendo o encontro das pessoas e mostrando que a diferença é riqueza social e não justificativa de segregação.<br /></span><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Te amo Florianópolis com todos os teus sotaques, todas as tuas cores, todas as tuas formas de ver o mundo.</span></div>
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Estes são os votos de quem te conhece desde que nasceu na periferia de teu centro (como tantos outros), de onde, de um ponto de vista privilegiado, pôde ver tua transformação: viu primeiro a prainha onde brincava se encher de areia branca e lodo, vindo do fundo do mar da baía sul; viu a água ficar mais longe e as regatas a remo desaparecerem, assim como os grito das torcidas do Riachuelo, Aldo Luz e Martinelle. Depois viu surgir muitos campos de futebol de areia, espontaneamente, apropriados pela população; mas as estradas precisaram ser construídas e eles também desapareceram, como a favela do Sete, o galpão dos Tenentes do Diabo e parte da quadra de esporte da Escola Básica Celso Ramos onde eu estudava.<br /></span><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Lá no centro também muito coisa desapareceu, mas isto eu só fui entender muito tempo depois.</span></div>
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Que teu futuro nos pertença.<br /></span><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br /></span></div>
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br /></span><div align="right" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: start;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Elson Manoel Pereira</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: start;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrw0bF3EKQJrzU1qWepiXv1_7a_PlY4Jc0l2BjZh5DTMwq178ZbvsXL1y8mu8Q9VY5z73RPJTpzgYLYpBUddY-_Hl53gxlrDc84oXOunFHk3vhLRfk1Q1nRj4fyGoWTg1BT1Bh04gIbd4/s1600/prainha.jpg" imageanchor="1" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0); margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-decoration: none;"><span style="color: black;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrw0bF3EKQJrzU1qWepiXv1_7a_PlY4Jc0l2BjZh5DTMwq178ZbvsXL1y8mu8Q9VY5z73RPJTpzgYLYpBUddY-_Hl53gxlrDc84oXOunFHk3vhLRfk1Q1nRj4fyGoWTg1BT1Bh04gIbd4/s320/prainha.jpg" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.0980392) 1px 1px 5px; border: 1px solid rgb(233, 233, 233); box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.0980392) 1px 1px 5px; padding: 5px; position: relative;" width="320" /></span></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: start;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">(a Prainha onde eu morava)</span></div>
<div style="clear: both;">
</div>
</div>
<div class="post-footer" style="border-bottom-color: rgb(233, 233, 233); border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px; margin: 20px -2px 0px; padding: 5px 10px;">
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3829954552344783125.post-8789921315364486682014-03-22T05:43:00.001-07:002014-03-22T05:43:52.283-07:00Série Análise do Novo Plano Diretor: Plano Diretor judicializado: por que não acreditar na participação?<div class="s2">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><span style="padding-left: 35px;"></span><span class="s2">Temos acompanhado </span><span class="s2">a revisão do plano diretor desde agosto de 2006; a partir daquela data, fizemos parte do Núcleo Gestor</span><span class="s2"> </span><span class="s2">como </span><span class="s2">representante da UFSC. Ao lado de muitos companheiros, procuramos ser um elo entre o pensamento da universidade e a questão urbana de Florianópolis; </span><span class="s2">um grupo, no interior do campus, organizou eventos, promoveu reuniões, sistematizou conhecimento</span><span class="s2">s</span><span class="s2">sobre o território municipal acreditando que poderia contribuir com</span><span class="s2"> o</span><span class="s2"> novo plano. Outros grupos também fizeram isto, tanto aqueles que representavam instituições</span><span class="s2">,</span><span class="s2">tanto aqueles que representavam os diversos distritos. A experiência participativa na capital</span><span class="s2">, tinha</span><span class="s2"> um desenho diferenciado que unia uma representação transversal ao território (representantes do poder público e das entidades) a uma representação </span><span class="s2">territorializada</span><span class="s2"> por </span><span class="s2">área do município. Paralelamente</span><span class="s2"> aos trabalh</span><span class="s2">os do Núcleo Gestor, reuniões</span><span class="s2"></span><span class="s2"></span><span class="s2">multiplicavam</span><span class="s2">-se</span><span class="s2">. A participação crescia.</span></span></div>
<div class="s2">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><span style="padding-left: 35px;"></span><span class="s2">Faltou, no entanto, já no governo Berger, </span><span class="s2">o executivo</span><span class="s2">acreditar que desta participação pudesse surgir um bom plano para a cidade. Ou melhor, o plano que estava nascendo dessa participação não co</span><span class="s2">rrespondia àquilo que o poder pú</span><span class="s2">blico da época queria e este contratou uma empresa estrangeira para elaborar o</span><span class="s2">utro</span><span class="s2"> plano. </span><span class="s2">Era o primeiro impasse.</span></span></div>
<div class="s2">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><span style="padding-left: 35px;"></span><span class="s2">Muitos impasses</span><span class="s2"> </span><span class="s2"></span><span class="s2">seguiram</span><span class="s2">-se; mudou o prefeito</span><span class="s2">,</span><span class="s2"> </span><span class="s2">mas a crença na participação continuou em segundo plano. Um terceiro plano</span><span class="s2"> surgiu</span><span class="s2"> em agosto de 2013; ele ficou desconhecido até o momento de sua publicação em Diário Oficial</span><span class="s2">, quando já estava aprovado</span><span class="s2">; veio </span><span class="s2">a</span><span class="s2"> luz sem gestação ou com uma gestação muito rápida, sem sequer estar pronto em seu detalhamento final.</span></span></div>
<div class="s2">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><span style="padding-left: 35px;"></span><span class="s2">Hoje percebemos que ele tem </span><span class="s2">alguns </span><span class="s2">pontos positivos; que ele apresenta elementos que os distritos apontaram (embora não contemple igualmente outros); gostaríamos de tê-lo acompanhado mais de perto, assim como fizemos no início do processo em 2006, mas não nos</span><span class="s2"> </span><span class="s2">foi dada a condição. </span><span class="s2">Parece que o executivo não acreditou</span><span class="s2">ou, por alguma razão,</span><span class="s2"> </span><span class="s2"></span><span class="s2">temeu</span><span class="s2"> </span><span class="s2">a participação...</span><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3829954552344783125" name="_GoBack"></a><span class="s2">.</span></span></div>
<div class="s2">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"> </span><img src="webkit-fake-url://6C0A4014-766B-4C8F-81D3-3E80E49CA18C/imagejpeg" /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3829954552344783125.post-81290266724293129742014-03-12T08:55:00.002-07:002014-03-12T08:55:55.985-07:00Série Análise do Novo Plano Diretor: O plano diretor no Continente<div dir="ltr" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Sobre o novo plano diretor aprovado na Câmara no começo de 2014, podemos tecer as seguintes considerações em relação ao Continente:</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"><br />podemos dividir esta parte do município em dois setores distintos em relação a lei de uso e ocupação do solo: uma ao sul e outra ao norte da Via Expressa (BR 282). A parte ao sul tem uma ocupação prevista menos densa, respeitando a predominância das residências unifamiliares nos bairros do Bom Abrigo e Itaguaçú, embora reforce um eixo misto (com predominância do uso comercial) formado pelas ruas João Meirelles, Des. Pedro Silva e Eng. Max de Souza. Ladeando a via expressa, o gabarito alcança 12 andares no lado sul e dezesseis andares no lado norte da via; além disto, uma emenda apresentada suprime uma AVL ao lado do conj. habitacional João Meirelles e transforma-a numa Área Mista de Serviços com até 8 pavimentos.</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjY3Q7AbwwObNpMptB_iw8DZkYbw48poVe2zK68Aw-mmH1cgWFdH-oBJcgm4gRHx_Zg-a9ngxgIcnDsyCsKf4tOAB1WJTmB4fx4AvcDHAOghaNlxj9guhCwJ6CoF077xLifXB-jwSSDPnY/s1600/br-282-floripa_guto-kuerten_abril-2010_2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjY3Q7AbwwObNpMptB_iw8DZkYbw48poVe2zK68Aw-mmH1cgWFdH-oBJcgm4gRHx_Zg-a9ngxgIcnDsyCsKf4tOAB1WJTmB4fx4AvcDHAOghaNlxj9guhCwJ6CoF077xLifXB-jwSSDPnY/s1600/br-282-floripa_guto-kuerten_abril-2010_2.jpg" height="212" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">No lado norte da via expressa, que engloba os bairros do Estreito, Capoeiras, Balneário, Jd. Atlântico, entre outros, a previsão é de um grande adensamento construtivo, com índices urbanísticos muito permissíveis, não acompanhados de previsão de infra-estrutura compatível. Além do eixo fortemente verticalizado ao longo da via expressa, há predominância de gabaritos de 12 e 8 andares, principalmente nos bairros Canto, Coloninha e Jardim Atlântico. Em termos de melhoria do sistema viário, pouca coisa é prevista, como por exemplo a manutenção da previsão da CC-2 que ligará a parte da PC-3 construída com a rua Nagibe Jabor ou a continuação da Beira-Mar continental</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">O plano não prevê outra ligação ilha-continente nem a construção de sistemas de vias exclusivas para ônibus</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">As emendas apresentadas ao plano foram nocivas ao plano original, suprimindo uma série de áreas verdes e aumentando os índices construtivos em várias áreas do continente. A Ponta do Ataliba, por exemplo. Passou de 2 para seis andares.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">No geral, o novo plano diretor de Florianópolis em relação ao continente trará mais problemas que soluções.</span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"><br /></span></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3829954552344783125.post-61277281400575820932014-02-27T11:45:00.000-08:002014-02-27T12:09:29.621-08:00O Legado da Copa<!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A Copa do Mundo de
Futebol se aproxima. Quando o ex-presidente Lula anuciou sua realização,
anunciou igualmente que o país ganharia com infraestrutura, novos aeroportos, transporte
urbano coletivo de qualidade nas cidades sede, novas vias urbanas, além,
evidentemente de novos estádios. O conjunto desses elementos, que ficaria para
a população após a realização do torneio, ele chamou de Legado da Copa. De tudo
isto, apenas os estádios ficarão prontos para o torneio; seriam eles entáo o
Legado da Copa? Não. Teremos outros resultados.</span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9Fj_OD6buqXTgAib9cZatPf17VBgcp0VLdbkv5Y_giYofEmPumjaXiZ6iHAOwJjb5bmkBxDnxBzK1_DldX0HmYfY7-uraHnN2IiWa4dPtiW5fMFQXtoe9CBSDLm_lSs_qDGxiHY9rLUg/s1600/19-06-2013-21-34-10-manifestacao-18-de-junho-em-florianopolis.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9Fj_OD6buqXTgAib9cZatPf17VBgcp0VLdbkv5Y_giYofEmPumjaXiZ6iHAOwJjb5bmkBxDnxBzK1_DldX0HmYfY7-uraHnN2IiWa4dPtiW5fMFQXtoe9CBSDLm_lSs_qDGxiHY9rLUg/s1600/19-06-2013-21-34-10-manifestacao-18-de-junho-em-florianopolis.jpg" height="208" title="" width="320" /></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Juntamente com a herança
dos estádios, herdaremos o aumento da dívida pública; herdaremos elefantes
brancos que ficarão fechados na maior parte do ano como os estádios de Manaus,
Cuiabá e Brasília. É preciso lembrar que Copas anteriores, realizadas em países
economicamente mais estabilizados, gastaram menos que o Brasil. A França, por
exemplo, construiu apenas um novo estádio, em sua capital (o Saint Denis,
localizado ao lado de uma estação de metrô); todos os outros estádios foram
apenas reformados e estavam localizados em cidades com forte tradição no
futebol; além disto, o número de sedes era bem menor. No Brasil, o governo não
abriu mão de construir pelo menos quatro estádios no Nordeste, mostrando que a
geografia eleitoral era mais importante que a racionalidade econômica.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A infraestrura, a mobilidade urbana, a
melhoria de nossas cidades ficarão para outra ocasião.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Então teremos apenas legados negativos
após a realização da Copa que vai parar o país por um mês? Não. Teremos também resultados
positivos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Não tenho dúvida que o grande legado
da Copa do Mundo no Brasil foi o despertar de sua população para as verdadeiras
prioridades do país; foi ver que existem recursos disponíveis no governo
federal para grandes obras; que é possível construir grandes equipamentos com
qualidade: o padrão FIFA. Mas, é preciso inverter prioridades: no lugar de estádios, queremos escolas, hospitais, espaços públicos, transporte coletivo.<span style="mso-spacerun: yes;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Desperdiçou-se recursos; despertou a
população; ficou a lição.</span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3829954552344783125.post-68816238567749495392014-02-27T04:45:00.000-08:002014-02-27T04:45:08.218-08:00 O que você tem a ver com a Região Metropolitana de Florianópolis?<div class="Default">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Você que vive em São José,
Palhoça, Florianópolis ou Biguaçu e circula, de carro, ônibus ou moto todos os
dias pela BR101 ou Via Expressa presta atenção quando sai de um município e
entra noutro?<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiByZn2D3dq3UAeUiR4eRkATarKUZm8IB2MpU8uEnWcaGN0vN1GiSAN_cXgbKvao-ss_ewdUu-UppIJFMgz2vmKulgQtWU6p3byUSytoHJP2Np0a-wnmA1-yz-ETWwbNruAvPlARFwe3Bs/s1600/florianopolis_noite.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiByZn2D3dq3UAeUiR4eRkATarKUZm8IB2MpU8uEnWcaGN0vN1GiSAN_cXgbKvao-ss_ewdUu-UppIJFMgz2vmKulgQtWU6p3byUSytoHJP2Np0a-wnmA1-yz-ETWwbNruAvPlARFwe3Bs/s1600/florianopolis_noite.jpg" height="203" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td></tr>
</tbody></table>
</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<br />
<div class="Default">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Para a maioria das pessoas a
resposta é NÃO. E não poderia ser diferente porque na verdade vivemos todos
numa mesma cidade, no mesmo aglomerado urbano. Isto parece óbvio para muita
gente, mas isto não se expressa em nosso dia-a-dia. Nossas linhas de ônibus são
planejadas como se cada município tivesse vida própria; assim também acontece
com a coleta de lixo, com os taxis, com a definição de onde e como construir
novos edifícios e equipamentos públicos etc. O resultado é um maior gasto público
e ineficiência dos serviços (por exemplo: o caminhão da Comcap vem no
continente recolher o lixo, volta ao Itacorubi onde outro caminhão pega o lixo
e o transporta para Biguaçu). Constatamos então uma total falta de
solidariedade entre as prefeituras para resolver os problemas que são comuns a
todos os municípios que, repito, formam uma única cidade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="Default">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E poderia ser diferente? Sim.
Em muitos lugares do Brasil e do Mundo com situação semelhante a nossa existem
órgãos de administração supramunicipal, metropolitano, que existem para pensar
os problemas que precisam ser resolvidos para além do âmbito municipal. Em
nosso caso, precisaríamos unir esforços para pensar principalmente a forma de
como continuar ocupando e circulando em nosso território, mas de maneira
conjunta, ao menos nos quatro municípios citados <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Torna-se
urgente fazer funcionar uma administração metropolitana e a primeira ação seria
a de cria um organismo de planejamento territorial que pudesse pensar
conjuntamente os problemas cotidianos daqueles que aqui vivem. Mas isto precisa
ser feito de maneira profissional e desvinculada de governos municipais. Esse
planejamento tem que ultrapassar os períodos (curtos) dos mandatos municipais.
Ou planejamos ou seremos reféns do futuro, seja qual for, pois com certeza ele
vai chegar.</span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3829954552344783125.post-1734716520679903412012-06-25T17:00:00.000-07:002012-06-25T17:00:22.514-07:00É possível construirmos outra soCIeDADE<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNoCCDaswQkWFyDb5uJBXK-hwoHDTuTWvCTDvI-PXjtJ4ItfMI1gFkGEIQjZUuBCqnrsaDD3Zjioguamc-555oScNuwxNN4AtlAWlvkaJmasoN3RQ46t6f6_llr4TAIy3NQk2VabIYhqc/s1600/hobsbaw.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="226" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNoCCDaswQkWFyDb5uJBXK-hwoHDTuTWvCTDvI-PXjtJ4ItfMI1gFkGEIQjZUuBCqnrsaDD3Zjioguamc-555oScNuwxNN4AtlAWlvkaJmasoN3RQ46t6f6_llr4TAIy3NQk2VabIYhqc/s320/hobsbaw.jpg" width="320" /></a></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3829954552344783125.post-50316657943595233482012-06-22T16:06:00.000-07:002014-02-27T11:26:47.732-08:00Espaço Público e Esfera PúblicaQual nossa relação com a cidade?<br />
<div>
A maioria das pessoas, não por acaso, vê o espaço da cidade apenas funcionalmente: é o lugar onde moro, onde trabalho, onde circulo. Esta visão de cidade levou gerações de administradores públicos a destruir aquilo que as cidades têm de mais rico que é sua capacidade de formar cidadãos: é nos espaços públicos de nossas cidades que construímos a esfera pública e é a esfera pública que nos permite discutir os problemas comuns da comunidade e avançar em sua construção. É nos espaços públicos que conhecemos os diferentes e por isto derrubamos as barreiras do preconceito, do medo, da indiferença. Talvez por isto os administradores conservadores de nossas cidades têm progressivamente desconstruído os espaços públicos, passando a ideia de que eles são os lugares da marginalidade, dos encontros indesejáveis.</div>
<div>
Em Florianópolis, há muito tempo que não vemos investimentos públicos em espaços de convivência como parques e praças; as poucas experiências que temos são frutos de lutas comunitárias. Ao contrário, os administradores públicos apostam visivelmente na degradação dos espaços públicos sem uso para justificar a implantação de investimentos privados nesses espaços; vide o exemplo da Ponta do Coral.</div>
<div>
As comunidades, organizadas em bases distritais durante a elaboração do plano diretor da cidade, apontaram uma série de espaços que poderiam tornar-se belos espaços públicos: Campeche, Lagoa da Conceição, Pântano do Sul, Córrego Grande, Rio Vermelho etc. A viabilização desses espaços poderia inverter o direcionamento do tipo de cidade teremos; hoje caminhamos para a implantação de uma cidade voltada exclusivamente ao mercado; a implantação desses espaços comunitários (e tantos outros) poderia ajudar na construção de uma cidade voltada para seus habitantes, para seus moradores.</div>
<div>
Inverter a lógica de uma cidade-mercado para uma cidade-direito é fundamental para construirmos uma cidade melhor para as futuras gerações. À nossa geração coube a função de construir essa nova cidade...</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUSlCvyq1qhuAxBDtIXtVaTwGfPxHF_jOnYG-gqWpPCoXCU44ayQPYy0C9ynsv9QrZvfClphFIuM9RoAKNl7MfkFSsCoCksz0bP5Jan0tRVFrXdX7s57MfmhFhvR6aVkkKelwJG-aKgPU/s1600/foto+areas+verds.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUSlCvyq1qhuAxBDtIXtVaTwGfPxHF_jOnYG-gqWpPCoXCU44ayQPYy0C9ynsv9QrZvfClphFIuM9RoAKNl7MfkFSsCoCksz0bP5Jan0tRVFrXdX7s57MfmhFhvR6aVkkKelwJG-aKgPU/s320/foto+areas+verds.jpg" height="286" width="320" /></a></div>
<div>
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3829954552344783125.post-25649111736502272102012-05-01T16:25:00.001-07:002012-05-02T09:02:15.061-07:00As propostas comunitárias e a busca da cidade-direito no Plano Diretor de FlorianópolisFlorianópolis tem se mostrado nas últimas décadas como um dos destinos turísticos principais no Brasil e mesmo internacional, bem como destino de uma migração de famílias de alta renda provenientes de outros estados brasileiros. A implantação de condomínios verticais e horizontais de luxo bem como de loteamentos destinados à alta renda (o denominado Jurerê Internacional é o mais emblemático, mas não único), indicam que o capital imobiliário tem investido maciçamente na capital de Santa Catarina. Situada em sua maior parte sobre a ilha homônima do Estado, o município de Florianópolis encontra algumas dificuldades para sua ocupação na medida em que <u>mais da metade de seu território é composto de áreas protegidas</u> como dunas, manguesais, morros etc. O valor fundiário é então muito alto o que leva a um alto adensamento construtivo em algumas áreas da cidade. Historicamente o poder público municipal tem agido contraditoriamente ao seu papel de regulador da ocupação do espaço urbano, agindo em favor do capital privado e deixando transparecer que age segundo a lógica da cidade-mercado. Desta forma, a busca da cidade-direito pela população organizada através de bases distritais durante a elaboração do plano diretor de Florianópolis manifestou-se, sobretudo através de propostas de restrição à ocupação do solo urbano, buscando assim diminuir a especulação imobiliária e garantir os chamados espaços de vida.<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiozbRIYpPgG1BNonlrrT_Iawge6w6Dw5WunaQifMivDD-ohU3h34NbrCT8GzRlH7cHTEAuqspZKoxisXs8rz1eAh1mF7UrSjDiSHEBjq7BLrNngbJgO0plpW3kKLEV4bFYDx5Tr14Nmeg/s1600/costeira.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="111" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiozbRIYpPgG1BNonlrrT_Iawge6w6Dw5WunaQifMivDD-ohU3h34NbrCT8GzRlH7cHTEAuqspZKoxisXs8rz1eAh1mF7UrSjDiSHEBjq7BLrNngbJgO0plpW3kKLEV4bFYDx5Tr14Nmeg/s200/costeira.jpg" width="200" /></a>A análise das diretrizes de uso e ocupação do solo apresentadas pela população apontam as diferenças existentes no território, específicas a cada área distrital que o compõe. Mesmo expressando diferenças e especificidades territoriais, referentes às condições naturais e de uso preexistente, os subconjuntos de diretrizes de cada um dos 19 núcleos e sedes distritais, formam um modelo coerente quanto à implantação de redes de infraestrutura, de possibilidades econômicas, usos dos espaços públicos e limites ambientais. As propostas dos núcleos confluem para modelos parecidos com base em princípios e diretrizes que se relacionam com mais coerência do que competem ou se chocam. Expressam de forma clara alguns interesses comuns, apesar de suas especificidades territoriais. Confluem de forma geral para um modelo de uso e ocupação do território com base em alguns princípios que são comuns e gerais a todos os núcleos e sedes.
Entre todos os núcleos há diretrizes comuns sobre: a preservação de sítios históricos, arqueológicos e de preservação cultural; a garantia da manutenção da visibilidade do mar é uma preocupação constante nas diretrizes entre a
maioria dos núcleos, uma reação às últimas décadas de apropriação, ocupação e verticalização ao longo da orla, pela indústria da construção, do turismo e da predominância dos interesses particulares na Ilha.
Em geral as diretrizes dos núcleos distritais são restritivas à indústria da construção. Restrições de áreas residenciais multifamiliares, quando permitido, é restrito a capacidade de suporte da infraestrutura atual ou do suporte do meio físico.
<br />
<br />
Há nas diretrizes de diversos núcleos a manutenção de áreas residenciais exclusiva ou a transformação de zonas mistas para zonas residenciais. Essa tendência pode ser interpretada como certa resistência à formas de maior urbanidade, mas também expressa uma estratégia de excluir as possibilidades de liberação para projetos de verticalização e de projetos multifamiliares.
<br />
<br />
Esses elementos nos permitem afirmar que a população de Florianópolis aponta para a construção de uma cidade-direito contra a visão da cidade-mercado proposta pela atual administração municipal. Talvez resida neste aspecto a intolerância da atual administração à participação da população no processo de elaboração do novo plano diretor de Florianópolis.<br />
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Obs: este texto é parte de um artigo que será apresentado em Buenos Aires por ocasião do II ISA ( forum of sociology social justice and democratization) e foi escrito em parceria com o pesquisador e amigo Dr. André Luiz Santos.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3829954552344783125.post-38168000383330177632012-04-18T15:37:00.001-07:002012-04-19T07:33:18.261-07:00Texto de frei Beto<b>Aceitar que o marxismo conforme a ótica de Ratzinger é o mesmo marxismo conforme a ótica de Marx seria como identificar catolicismo com Inquisição </b><br />
<b><br /></b><br />
16/04/2012
Frei Betto<br />
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O papa Bento XVI tem razão: o marxismo não é mais útil. Sim, o marxismo conforme muitos na Igreja Católica o entendem: uma ideologia ateísta, que justificou os crimes de Stalin e as barbaridades da Revolução Cultural chinesa. Aceitar que o marxismo conforme a ótica de Ratzinger é o mesmo marxismo conforme a ótica de Marx seria como identificar catolicismo com Inquisição.<br />
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Poder-se-ia dizer hoje: o catolicismo não é mais útil. Porque já não se justifica enviar mulheres tidas como bruxas à fogueira nem torturar suspeitos de heresia. Ora, felizmente o catolicismo não pode ser identificado com a Inquisição, nem com a pedofilia de padres e bispos.
Do mesmo modo, o marxismo não se confunde com os marxistas que o utilizaram para disseminar o medo, o terror, e sufocar a liberdade religiosa. Há que voltar a Marx para saber o que é marxismo; assim como há que retornar aos Evangelhos e a Jesus para saber o que é cristianismo, e a Francisco de Assis para saber o que é catolicismo.<br />
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Ao longo da história, em nome das mais belas palavras foram cometidos os mais horrendos crimes. Em nome da democracia, os EUA se apoderaram de Porto Rico e da base cubana de Guantánamo. Em nome do progresso, países da Europa Ocidental colonizaram povos africanos e deixaram ali um rastro de miséria. Em nome da liberdade, a rainha Vitória, do Reino Unido, promoveu na China a devastadora Guerra do Ópio.<br />
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Em nome da paz, a Casa Branca cometeu o mais ousado e genocida ato terrorista de toda a história: as bombas atômicas sobre as populações de Hiroshima e Nagasaki. Em nome da liberdade, os EUA implantaram, em quase toda a América Latina, ditaduras sanguinárias ao longo de três décadas (1960-1980).<br />
<br />
O marxismo é um método de análise da realidade. E mais do que nunca útil para se compreender a atual crise do capitalismo. O capitalismo, sim, já não é útil, pois promoveu a mais acentuada desigualdade social entre a população do mundo; apoderou-se de riquezas naturais de outros povos; desenvolveu sua face imperialista e monopolista; centrou o equilíbrio do mundo em arsenais nucleares; e disseminou a ideologia neoliberal, que reduz o ser humano a mero consumista submisso aos encantos da mercadoria.<br />
<br />
Hoje, o capitalismo é hegemônico no mundo. E de 7 bilhões de pessoas que habitam o planeta, 4 bilhões vivem abaixo da linha da pobreza, e 1,2 bilhão padecem fome crônica. O capitalismo fracassou para 2/3 da humanidade que não têm acesso a uma vida digna. Onde o cristianismo e o marxismo falam em solidariedade, o capitalismo introduziu a competição; onde falam em cooperação, ele introduziu a concorrência; onde falam em respeito à soberania dos povos, ele introduziu a globocolonização.<br />
<br />
A religião não é um método de análise da realidade. O marxismo não é uma religião. A luz que a fé projeta sobre a realidade é, queira ou não o Vaticano, sempre mediatizada por uma ideologia. A ideologia neoliberal, que identifica capitalismo e democracia, hoje impera na consciência de muitos cristãos e os impede de perceber que o capitalismo é intrinsecamente perverso.<br />
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A Igreja Católica, muitas vezes, é conivente com o capitalismo porque este a cobre de privilégios e lhe franqueia uma liberdade que é negada, pela pobreza, a milhões de seres humanos.
Ora, já está provado que o capitalismo não assegura um futuro digno para a humanidade. Bento XVI o admitiu ao afirmar que devemos buscar novos modelos.<br />
<br />
O marxismo, ao analisar as contradições e insuficiências do capitalismo, nos abre uma porta de esperança a uma sociedade que os católicos, na celebração eucarística, caracterizam como o mundo em que todos haverão de "partilhar os bens da Terra e os frutos do trabalho humano". A isso Marx chamou de socialismo.<br />
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O arcebispo católico de Munique, Reinhard Marx, lançou, em 2011, um livro intitulado O Capital — um legado a favor da humanidade. A capa contém as mesmas cores e fontes gráficas da primeira edição de O Capital, de Karl Marx, publicada em Hamburgo, em 1867.
"Marx não está morto e é preciso levá-lo a sério", disse o prelado por ocasião do lançamento da obra. "Há que se confrontar com a obra de Karl Marx, que nos ajuda a entender as teorias da acumulação capitalista e o mercantilismo. Isso não significa deixar-se atrair pelas aberrações e atrocidades cometidas em seu nome no século 20".
O autor do novo "O Capital", nomeado cardeal por Bento XVI em novembro de 2010, qualifica de "sociais-éticos" os princípios defendidos em seu livro, critica o capitalismo neoliberal, qualifica a especulação de "selvagem" e "pecado", e advoga que a economia precisa ser redesenhada segundo normas éticas de uma nova ordem econômica e política.
"As regras do jogo devem ter qualidade ética. Nesse sentido, a doutrina social da Igreja é crítica frente ao capitalismo", afirma o arcebispo.
O livro se inicia com uma carta de Reinhard Marx a Karl Marx, a quem chama de "querido homônimo", falecido em 1883. Roga-lhe reconhecer agora seu equívoco quanto à inexistência de Deus. O que sugere, nas entrelinhas, que o autor do Manifesto Comunista se encontra entre os que, do outro lado da vida, desfrutam da visão beatífica de Deus.
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Frei Betto é autor do romance "Um homem chamado Jesus" (Rocco), entre outros livros.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3829954552344783125.post-70668057527649796592012-04-11T11:25:00.002-07:002014-04-22T18:52:50.826-07:00Área de Lazer em Florianópolis é caso de Polícia<a href="http://wp.clicrbs.com.br/amadorfutebolclube/files/2012/04/palmeiras.jpg" rel="lightbox[7183]"><img alt="" class="size-full wp-image-7184" src="http://wp.clicrbs.com.br/amadorfutebolclube/files/2012/04/palmeiras.jpg" height="273" title="palmeiras" width="409" /></a> A cidade de Florianópolis sofre mais um duro golpe na luta entre a Cidade-Mercado e a Cidade-Direito. O campo de futebol amador do Palmeiras do Pôrto da Lagôa acaba de ser destruído. Ele era usado há 50 anos por aquela comunidade e, depois de uma luta judicial, um oficial de justiça cumpriu ordem de reintegração de posse dado por uma juíza da capital.<br />
Evidentemente não nos cabe questionar a ação judicial, pois num estado de direito, ela deve ser cumprida.<br />
No entanto, acho que a visão mercadológica mais uma vez prevaleceu; mais uma vez o poder público foi no mínimo omisso e se colocou do lado do capital imobiliário. <strong>Antes</strong> da decisão da juíza, muita coisa poderia ter sido feita.<br />
Quando falamos em Cidade-Direito, significa ter uma visão de cidade onde prevaleça o princípio do cidadão que utiliza o espaço da cidade no seu dia a dia; o campo do Palmeiras era um espaço comunitário, de sociabilidade, de centralidade para os moradores do Pôrto da Lagoa. Se a prefeitura compartilhasse desta visão, faria tudo para que esse espaço permanecesse como de uso público. Seus administradores alegam que não têm dinheiro...Mesmo se fosse esse o caso, existem hoje ferramentas urbanísticas que poderiam ser usadas para compensar o proprietário do terreno, como a outorga de índices, só para citar um deles.<br />
O contrário da Cidade-Direito é a Cidade-Mercado; visão que acabou prevalecendo. A comunidade perde seu espaço público e de lazer e "ganha" provavelmente mais um condomínio fechado com pessoas completamente alheias ao lugar que vão ocupar. <br />
Perde o Pôrto da Lagôa, perde Flrorianópolis. Ganha o capital imobiliário.<br />
Fico pensando em todas as demandas por espaços públicos das comunidades durante o processo participativo Plano Diretor de Florianópolis: Campo da aviação do Campeche, Vassourão na Lagôa, Parque do Rio Vermelho, etc. Não acredito que, com a visão de Cidade-Mercado prevalecendo, tenhamos possibilidade de ter esses espaços...Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3829954552344783125.post-1259959822103821852012-04-11T07:18:00.002-07:002012-04-11T07:41:11.656-07:00Entre o mal gosto e a boa cidadeAproveitei o final de semana prolongado de Páscoa para viajar um pouco com a família. <br />
É claro que os olhos de um planejador urbano quando viaja vê as coisas de forma crítica (e as vezes não relaxa como deveria). Conheci Toronto e Niágara Falls. <br />
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Toronto é uma grande metrópole (2.600 mil habitantes), estilo americano, mas com um cuidado muito grande com sua população e seus espaços públicos. Embora uma quantidade enorme de grandes edifícios envidraçados (de muito bom gosto), os espaços no nível do pedestre são muito bons. Vê-se que houve uma preocupação da relação edificação e espaço público. Muitos parques, espaços públicos de qualidade e transporte público abundante. É uma cidade à beira de um grande lago e o acesso à ele é garantido à população.<br />
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A diversidade cultural também chama a atenção: 50% da população é composta de migrantes. Existem ainda alguns resquícios de um urbanismo rodoviarista que a cidade ainda não conseguiu "exterminar", mas este é um legado pesado das grandes cidades da América do Norte que precisará de algum tempo para resolver.<br />
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O que mais me chamou a atenção foi a existência de umas ilhas, próximas ao centro da cidade, que foram totalmente preservadas da verticalização e onde o único meio de transporte interno é a bicicleta e o acesso é feito de barcos (não há pontes) (os serviços públicos motorizados são autorizados).<br />
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Toronto é uma cidade feita para seus habitantes que os turistas gostam. <br />
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Na sequência de fotos vemos o centro financeiro da cidade, a ilha lacustre em frente ao centro <br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUMqy9pm3fhOW7MCcpZmz8VhtMm2bUI_dzfRdjhAB7gU-CWw-DhteTNpyzKAoEwTP-DNZonbyxR3ULxkPEPzCXCfMlpRzktHrI1Hzg28Y_R3CZfVumsOIsuzKp2KfN06eDhOgx8NqOF4M/s1600/DSC02009.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUMqy9pm3fhOW7MCcpZmz8VhtMm2bUI_dzfRdjhAB7gU-CWw-DhteTNpyzKAoEwTP-DNZonbyxR3ULxkPEPzCXCfMlpRzktHrI1Hzg28Y_R3CZfVumsOIsuzKp2KfN06eDhOgx8NqOF4M/s200/DSC02009.JPG" width="200" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggeN96_uauMpQR5jaWKqEOkYerV78WmZiE1CvQW2WYXck3cmbhjgr0YZCtHGTRUDP_zqt0PuGHqiV8fp9zXF7KTHCY680Rwc9e7qmxEtG0Gjf0JeYixOkz5XuMJqqOv-asmkD6MMCguF0/s1600/DSC01907.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggeN96_uauMpQR5jaWKqEOkYerV78WmZiE1CvQW2WYXck3cmbhjgr0YZCtHGTRUDP_zqt0PuGHqiV8fp9zXF7KTHCY680Rwc9e7qmxEtG0Gjf0JeYixOkz5XuMJqqOv-asmkD6MMCguF0/s200/DSC01907.JPG" width="200" /></a></div>
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E e o empobrecimento do espaço urbano causado por viadutos de época rodoviarista e que hoje são um problema para a cidade</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQoUv8QBAD9XMipfV_4TwRrFse8KMvV6khnRuLSE-cE_INGf2M8BzI96eDBIntDMrTQb7KJhZpQGHHvWkO49a2WxUOsW6g8JOk7QPCLFqoHa2HydQYiSFYrTmUTDuHqyLSQP3OejlZdtw/s1600/DSC01913.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQoUv8QBAD9XMipfV_4TwRrFse8KMvV6khnRuLSE-cE_INGf2M8BzI96eDBIntDMrTQb7KJhZpQGHHvWkO49a2WxUOsW6g8JOk7QPCLFqoHa2HydQYiSFYrTmUTDuHqyLSQP3OejlZdtw/s200/DSC01913.JPG" width="200" /></a></div>
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Outra cidade que conheci foi Niágara Falls, nascida em funcão das belas quedas do rio Niágara. A cidade (não sei se podemos chamar assim) vive do turismo; além da grande quantidade de hotéis, a administração municipal incentivou a implantação de equipamentos de diversão de um mal gosto inigualável; uma Las Vegas mal acabada. Fico imginando a população local vivendo neste espaço...<br />
Niágara Falls é uma cidade feita para o turista; o resultado é detestável do ponto de vista urbanístico.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgheB_Q277L9Z0Ao0VN2-dp0ZpJf7NILvkYduByWysbSTamSYasMMzxHxEeWyArh7wIKIvBECkij7_TLZfpRGrRVN8pAuep2fPzCEVcD3MRMWK2lRjKdt_C3ykC9RzLKpHqniQzsrwHN58/s1600/DSC02137.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgheB_Q277L9Z0Ao0VN2-dp0ZpJf7NILvkYduByWysbSTamSYasMMzxHxEeWyArh7wIKIvBECkij7_TLZfpRGrRVN8pAuep2fPzCEVcD3MRMWK2lRjKdt_C3ykC9RzLKpHqniQzsrwHN58/s320/DSC02137.JPG" width="320" /></a></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3829954552344783125.post-27692819321521270482012-04-05T13:59:00.001-07:002012-04-05T16:17:16.509-07:00Publicação sobre o Brasil na revista Francesa "Diplomatie"Acabou de sair mais um número da Revista DIPLOMATIE com um dossier sobre o Brasil e um artigo meu sobre a participação em políticas públicas no Brasil. <br />
A seguir, a apresentação do número especial sobre o Brasil.<br />
<h1 class="title">
GDD n°8 – Géopolitique du Brésil</h1>
<div class="post-meta">
<div class="meta-info">
Posté le 1 avr 2012 | <a href="http://www.diplomatie-presse.com/?p=4675#respond" title="Commentaire sur GDD n°8 – Géopolitique du Brésil"><span style="color: #525252;">0 commentaries</span></a></div>
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<a href="http://www.diplomatie-presse.com/wp-content/uploads/2012/03/GDD8_COUVweb.jpg"><img alt="" class="alignleft size-full wp-image-4676" height="295" src="http://www.diplomatie-presse.com/wp-content/uploads/2012/03/GDD8_COUVweb.jpg" title="GDD8_COUVweb" width="295" /></a>En 1941, réfugié au Brésil pour fuir les horreurs de la Seconde Guerre mondiale, Stefan Zweig publie Le Brésil, terre d’avenir. L’écrivain autrichien est séduit par la beauté du territoire, la chaleur, la cordialité et le pacifisme de ses habitants. Cette « terre d’avenir » fut cependant trop souvent cantonnée au statut de puissance en devenir (donc non encore établie). À travers ce rang de puissance émergente, le Brésil parvient difficilement à se faire pleinement entendre au sein d’une communauté internationale dont le jeu semble figé depuis 1945. Dès lors, comment accéder à la table des Grands ? Avec la présidence de Luiz Inácio Lula puis de Dilma Rousseff, le pays adopte une stratégie tous azimuts destinée, d’une part, à faire entendre la voix du Brésil au sein d’un système international verrouillé (par, notamment, un appareil diplomatique particulièrement efficace), et d’autre part, à créer les conditions d’une alternative à la mondialisation. Depuis le premier Forum social, Porto Alegre n’est plus seulement, en effet, le nom d’une ville brésilienne.<br />
Il est devenu synonyme d’une posture de vigilance citoyenne et d’une remise en cause profonde des fondements mêmes d’une mondialisation plus tournée vers les profits financiers que vers le progrès humain. Et ce sursaut a gagné tous les pays. Cette posture brésilienne est le fruit d’une histoire atypique, qui ne s’est pas construite à coup de révolutions ou d’ostracisme, mais sur des valeurs d’ouverture et de tolérance. Car le Brésil est la nation, par delà toutes les autres, qui s’est le plus nourrie du positivisme d’Auguste Comte, jusqu’à l’inscrire dans sa devise nationale (« Ordre et Progrès »). Il n’est donc pas étonnant que Dilma Rousseff ait récemment choisi de se rendre à Porto Alegre et non à Davos.<br />
En juin prochain, elle présidera la Conférence des Nations Unies sur le développement durable (dite « Rio+20 ») qui réunira notamment les délégations des anciennes comme des nouvelles puissances mondiales. L’« ancien monde » est-il préparé à cette « table des Grands » à la mode brésilienne ?<br />
Portfolio – <em>Ordem e progresso</em><br />
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<strong><em>Histoire</em></strong><br />
Tableau de bord – Le Brésil en quelques dates<br />
Brésil : les enjeux de l’Histoire, entretien avec Denis Rolland, professeur à l’Université de Strasbourg et directeur d’études au Centre d’histoire de Sciences Po (Paris)<br />
Portfolio – Quand le Sahara nourrit l’Amazone<br />
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<strong><em>Un État-monde</em></strong><br />
Tableau de bord – Un État-monde<br />
Brésil : anatomie d’une puissance, par Hervé Théry, directeur de recherche au CNRS-CREDA (Centre de Recherche et de Documentation des Amériques), professeur invité à l’Universidade de São Paulo (USP), et co-fondateur de la revue en ligne <em>Confins</em><br />
Portfolio – Villes brésiliennes<br />
Tableau de bord – 190 millions d’habitants et trois Brésils<br />
Repères – L’immensité du Brésil ; Mers et fleuves à apprivoiser ; L’espace, un atout maître <br />
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<strong><em>Economie & Société</em></strong><br />
Tableau de bord – L’économie brésilienne ; Grandes entreprises et grandes fortunes<br />
Le Brésil et la crise économique internationale actuelle, par Sergio Abreu e Lima Florencio, consul du Brésil à Vancouver<br />
Focus – Le fer, un trésor du Brésil<br />
Tableau de bord – L’économie brésilienne, forces et faiblesses<br />
<span style="color: red;"></span><br />
<span style="color: red;"><strong>La participation au cœur de la politique urbaine au Brésil</strong>, par <u>Elson Manoel Pereira</u>, professeur à l’université de Santa Catarina, directeur du laboratoire « Villes et société » et membre du conseil scientifique du Centre d’études et de recherches sur le Brésil de l’UQAM</span><br />
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<strong><em>Géopolitique</em></strong><br />
Tableau de bord – Géopolitique du Brésil<br />
La Grande Amazonie sud-américaine : un défi pour le Brésil, par Wanderley Messias da Costa, professeur à l’Université de São Paulo, et auteur de <em>Geografia política e geopolítica: discursos sobre o território e o poder</em> et de <em>Dimensões humanas da atmosfera-biosfera na Amazônia</em><br />
Focus – Le Brésil au Conseil de Sécurité des Nations Unies<br />
Portfolio – Brésil-Afrique : célébration des grands événements et réalisme politique<br />
Le Brésil en émergence : la conciliation de la croissance économique et de la justice socio-environnementale est-elle possible ?, par Anne Latendresse, professeur à l’Université du Québec à Montréal et directrice du Centre d’études et de recherches sur le Brésil (CERB)<br />
Les méga-événements sportifs au Brésil : des jeux pour qui ?, par Mathieu Labrie, candidat à la maîtrise en études urbaines et Pierre-Mathieu Le Bel stagiaire postdoctoral à l’Université du Québec à Montréal – membres du CERB<br />
Focus – Rio+20<br />
Focus – Le Forum social mondial<br />
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<strong><em>Stratégies</em></strong><br />
Tableau de bord – Défense et défis stratégiques du Brésil<br />
Stratégies brésiliennes et moyens militaires, entretien avec Bruno Muxagato, doctorant en relations internationales et enseignant à l’université de Versailles Saint-Quentin-en-Yvelines<br />
Repères – Le front nord ; Le front ouest ; Le front sud ; Le front maritime<br />
Tableau de bord – Qui surveille l’Amazonie ?<br />
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<strong><em>Prospective</em></strong><br />
Tableau de bord – Démographie et énergie : des enjeux d’avenir<br />
Une prospective du Brésil vers 2022, par Paulo Roberto de Almeida, diplomate, professeur d’économie politique au Centre universitaire de Brasilia (Uniceub)<br />
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<span style="color: maroon;">Les Grands Dossiers de Diplomatie n° 8, AREION Group/CAPRI, Paris, avril-mai 2012. 100 pages, 23 x 30 cm, broché (10,95 €)</span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3829954552344783125.post-31176161172332540822012-04-02T11:40:00.000-07:002012-04-02T19:12:50.860-07:00Por que planejar ?<a href="http://www.cityprofile.com/forum/attachments/canada/2790-montreal-bixi-montreal-2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Image Detail" border="0" height="200" src="http://www.cityprofile.com/forum/attachments/canada/2790-montreal-bixi-montreal-2.jpg" width="146" /></a><br />
"Hoje pela manhã, lia o jornal no Metrô, distribuído por sua própria administração, onde dizia que o serviço de aluguel de bicicletas da cidade de Montreal seria antecipado em função do fim prematuro do frio. Chamou-me a atenção os números: 5000 bicicletas distribuídas em mais de 400 estações e 600 km de pistas de ciclovias"<br />
Tão impressionantes quanto os números são as previsões: este ano serão mais 30 km de pistas e em 2015, as ciclovias alcançarão 800 km.<br />
Tudo isto só é possível graças a um planejamento que permite que, segundo um plano global, possa-se incrementalmente acrescendo projetos específicos.<br />
Isto também vale para o sistema de transporte público, para os espaços públicos, para o sistema viário (eles preveem a substituição de uma ponte de 6 km em 2025, cujo estudo de impacto ambiental vai durar dois anos) etc.Tudo seguindo um plano geral e de longo prazo.<br />
<br />
Penso em Florianópolis: projetos e obras desconexas uma das outras e não seguindo qualquer visão de cidade. O governo do Estado contratou por seis milhões de reais um estudo sobre metrô de superfície; paralelamente a prefeitura fala em BRT e o coloca na Beira Mar Norte antes mesmo de ter o estudo finalizado; o governo do Estado contratou um projeto para a quarta ponte e a colocou num dos lugares mais congestionados da cidade; já a prefeitura prefere um túnel, sem qualquer estudo de viabilidade. Depois de apresentar o projeto (muito bem pago) o governo de Estado voltou atrás e contratou outro estudo: agora de um túnel. A prefeitura contratou um projeto para a duplicação de rua dep. Antônio Edu Vieira e "esqueceu" da via exclusiva para o BRT , assim como construiu vários viadutos na cidade que não possibilitam a passagem desse tipo de ônibus em calha própria. Tudo isto antes de elaborado o plano diretor para a cidade, que se constituiria no plano global necessário para articular todos esses projetos.<br />
<br />
Sem um plano, a administração cidade segue reagindo aos problemas pontuais, que surgem aqui e acolá. As idéias surgem na cabeça de alguns e antes de qualquer estudo mais profundo (até porque o órgão encarregado do planejamento da cidade foi desmantelado) vão a público como soluções definitivas. E a cidade segue sem resolver seus problemas...<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3829954552344783125.post-10540678042477441842012-03-29T15:43:00.000-07:002012-03-29T16:51:53.527-07:00Participação em Políticas Públicas Urbanas<span style="font-size: x-small;">"O desenvolvimento territorial não pode ser burocrático e centralizado, político-institucional, partidário e mascarado. Precisa ser construído participativamente reconhecendo-se os diferentes sujeitos, os distintos interesses, os anseios, os sonhos, as necessidades; os tempos e os territórios; as temporalidades, as territorialidades e a conquista de autonomia (SAQUET, 2007, p.177). </span><br />
<span style="font-size: x-small;"><br />Há alguns dias dei uma aula na Universidade de Ottawa, para o curso de Desenvolvimento Internacional, onde, entre outras coisas, falei sobre as condições necessárias para que haja uma participação de qualidade em Políticas Públicas Urbanas. Segundo minhas pesquisas, apresentei as seguintes condições:<br />
- a existência de um desenho institucional que propicie a participação;<br />
- a existência de uma tradução participativa no local onde se está fazendo o planejamento;<br />
- uma honesta vontade política de propiciar a partipação e<br />
- a adesão dos técnicos de urbanismo ao processo participativo.</span><br />
<span style="font-size: x-small;"><br /></span><br />
<span style="font-size: x-small;">Perguntado sobre a experiência de Florianópolis na elaboração de seu plano, com base nas condições acima, respondi o seguinte: </span><br />
<span style="font-size: x-small;">"uma experiência que apresentou forte conflito entre a Prefeitura e </span><span style="font-size: x-small;">a Sociedade Civil, </span><span style="font-size: x-small;"> pois a primeira apresentou fraca vontade política para promover a participação diante de uma Sociedade Civil com tradição participativa, principalmente dos movimentos sociais e de alguns Distritos. Um modelo </span><span style="font-size: x-small;">institucional</span><span style="font-size: x-small;"> formal e burocrático em sua origem, mas que evoluiu para uma representação territorial inovadora durante o processo, graças às demandas da população. Os técnicos da prefeitura oscilaram: ora apoiavam a população, ora recuavam. O processo foi interrompido pois o resultado do planejamento oriundo das propostas da população (avançados em muitos aspectos) não foi aceito pela administração da cidade."</span><br />
<span style="font-size: x-small;"><br /></span><br />
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</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjnOZ_-IG6Cvjr9lvZZMd8pL8tSkzKbPEe8Nj0crLjl1V1xoITbk-lijvmgv_UAHfUEhLa5_Pcv5aCPYVN2eLUEiLDiffTYTeP3GepHTDvSZepth34qKM8k89gV4aSvxoPuiuWB34HVXQ/s1600/ottawa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="136" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjnOZ_-IG6Cvjr9lvZZMd8pL8tSkzKbPEe8Nj0crLjl1V1xoITbk-lijvmgv_UAHfUEhLa5_Pcv5aCPYVN2eLUEiLDiffTYTeP3GepHTDvSZepth34qKM8k89gV4aSvxoPuiuWB34HVXQ/s320/ottawa.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="font-size: x-small;"><br /></span><br />
<span style="font-size: x-small;"><br /></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3829954552344783125.post-76620220930510552862012-03-20T10:16:00.001-07:002012-03-22T16:19:11.196-07:00Meu presente para Florianópolis<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Calibri;">Pra ti, Florianópolis<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Neste dia em que dizem ser teu aniversário, eu quero te
desejar tudo de bom.</span></div>
<span style="font-family: Calibri;">Tu que a todos acolhes, embora de maneira muito diferente;
alias, há muito tempo tu fazes isto; desde o tempo em que teus governantes
expulsaram os pobres do Rio da Bulha até hoje quando ignoras muitos deles
morando nas mais de sessenta favelas que estão em teu território. Mas acho que
não és tu que ignoras os pobres, pois eles também são Florianópolis; é Floripa,
este apelido que te deram para atrair turistas e que justifica tantas ações em
teu nome. Aliás, não quero te ver tratada por Floripa; marketing de segunda
categoria não combina contigo; não precisas, tens essência, tens povo, tens
identidade, e isso tudo desde sempre, Florianópolis.</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_GoBack"></a><span style="font-family: Calibri;">
Também não és mais Desterro, pois encontramos em ti a terra para viver.</span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Felicidades por teu aniversário, mas desculpe pelo desleixo
com o qual és tratada: como tuas lindas praias podem estar poluídas e a empresa
pública responsável por teu saneamento ter lucro e o distribuí-lo para seus
diretores? Como pode teu território continuar sendo ocupado sem um mínimo de
planejamento, deixando que cada nova ideia, muitas vezes pouco pensada, se
instale de maneira irreversível como a Estação de Tratamento de Esgoto na tua
sala de visita ou um sistema de ônibus ineficiente e caro? </span></div>
<span style="font-family: Calibri;">Não nos queira mal, mesmo que sobre teu território alguns rasguem
notas de dinheiro e joguem espumantes caríssimos fora como signo de riqueza
(pobres almas), quando tantos nada comem sobre este mesmo território; não nos queira
mal mesmo que cubram teus cursos d’água e digam que as enchentes são por causa da
chuva intensa; não nos queira mal mesmo que ideias (e obras) mirabolantes te
afastem do mar como um aterro em teu centro histórico; não nos queira mal mesmo
se a administração municipal ignore aqueles que vivem em teus distritos e
clamam por espaços públicos, ciclovias, segurança e melhores condições para se
locomoverem. </span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Te amo Florianópolis; não sou do contra; sou a favor que
continues bela e atraente com tua silhueta de mulher curvilínea e não
retificada por muros de arrimo.</span></div>
<span style="font-family: Calibri;">Te amo Florianópolis e quero te ver sendo construída, mas de
outra forma: favorecendo o encontro das pessoas e mostrando que a diferença é
riqueza social e não justificativa de segregação.</span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Te amo Florianópolis com todos os teus sotaques, todas as
tuas cores, todas as tuas formas de ver o mundo.</span></div>
<span style="font-family: Calibri;">Estes são os votos de quem te conhece desde que nasceu na
periferia de teu centro (como tantos outros), de onde, de um ponto de vista
privilegiado, pôde ver tua transformação: viu primeiro a prainha onde brincava
se encher de areia branca e lodo, vindo do fundo do mar da baía sul; viu a água
ficar mais longe e as regatas a remo desaparecerem, assim como os grito das
torcidas do Riachuelo, Aldo Luz e Martinelle. Depois viu surgir muitos campos
de futebol de areia, espontaneamente, apropriados pela população; mas as
estradas precisaram ser construídas e eles também desapareceram, como a favela
do Sete, o galpão dos Tenentes do Diabo e parte da quadra de esporte da Escola
Básica Celso Ramos onde eu estudava. </span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Lá no centro também muito coisa desapareceu, mas isto eu só fui
entender muito tempo depois.</span></div>
<span style="font-family: Calibri;">Que teu futuro nos pertença.</span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<br /></div>
<br />
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: right;">
<span style="font-family: Calibri;">Elson Manoel Pereira</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrw0bF3EKQJrzU1qWepiXv1_7a_PlY4Jc0l2BjZh5DTMwq178ZbvsXL1y8mu8Q9VY5z73RPJTpzgYLYpBUddY-_Hl53gxlrDc84oXOunFHk3vhLRfk1Q1nRj4fyGoWTg1BT1Bh04gIbd4/s1600/prainha.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrw0bF3EKQJrzU1qWepiXv1_7a_PlY4Jc0l2BjZh5DTMwq178ZbvsXL1y8mu8Q9VY5z73RPJTpzgYLYpBUddY-_Hl53gxlrDc84oXOunFHk3vhLRfk1Q1nRj4fyGoWTg1BT1Bh04gIbd4/s320/prainha.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
(a Prainha onde eu morava)</div>Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3829954552344783125.post-75903780426946985472012-03-16T11:56:00.001-07:002012-03-16T12:00:21.648-07:00Morreu um dos maiores brasileiros dos séculos XX e XXIO pesquisador Aziz Nacib Ab'Saber, um dos maiores especialistas brasileiros em geografia física e referência em assuntos relacionados ao meio ambiente e impactos ambientais decorrentes das atividades humanas, morreu hoje, aos 87 anos.
O geógrafo era professor emérito da USP, autor de mais de 300 trabalhos acadêmicos
Professor emérito da USP, ele é autor de mais de 300 trabalhos acadêmicos e considerado referência da geografia em todo o mundo. É autor de estudos e teorias fundamentais para o conhecimento dos aspectos naturais do Brasil. Era presidente de honra e ex-presidente e conselheiro da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
Ruth Andrade, secretária-geral da entidade, contou ao Estado que foi uma morte tranquila. "Ele acordou, fez café da manhã para toda a família, sentou-se em uma cadeira, falou "Ai" e morreu." Segundo ela, nos últimos meses o pesquisador estava visitando toda a semana a SBPC por conta da realização do terceiro volume da coleção "Leituras Indispensáveis", ainda a ser publicado.
Texto publicado no site da entidade conta que um dia antes de morrer, "o professor, disposto como sempre, fez sua última visita à SBPC, em São Paulo. Em um gesto de despedida, mesmo involuntariamente, ele entregou na tarde de ontem à secretaria da SBPC sua obra consolidada, de 1946 a 2010, em um DVD, para ser entregue a amigos, colegas da Universidade e ao maior número de pessoas." Ruth lembra que ele ainda pediu para que o material seja distribuído a estudantes nos eventos da SBPC. "Será agora a nossa missão", diz.
"Acredito que Aziz era um caso raro de casamento entre ser cientista e ser humanista. Ao mesmo tempo em que ele tinha um conhecimento incrível, não só de geografia, mas de várias áreas, ele tinha a perspicácia de fazer a relação desses assuntos com o cotidiano das pessoas", lembra.
Apesar da idade, Aziz continuava bastante ativo e polêmico. Em várias oportunidades se mostrou contrário ao alarmismo em torno do aquecimento global, reforçando seu aspecto natural. Recentemente também se manifestou sobre a mudança do Código Florestal no Brasil, criticando a ausência, no texto, de todo o zoneamento físico e ecológico do País, "como a complexa região semi-árida dos sertões nordestinos, o cerrado brasileiro, os planaltos de araucárias, as pradarias mistas do Rio Grande do Sul, conhecidas como os pampas gaúchos, e o Pantanal mato-grossense. Na ocasião, ele chegou a defender a criação do Código da Biodiversidade para contemplar a preservação das espécies animais e vegetais", lembra o texto da SBPC.
Fonte: O Estado de São Paulo, 16/03/2012Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3829954552344783125.post-85023290845873714572012-03-14T10:30:00.000-07:002012-03-14T19:34:57.945-07:00A (ir)responsabilidade da Imagem<img alt="" class="fbPhotoImage img" height="216" id="fbPhotoImage" src="http://a4.sphotos.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-ash4/s720x720/427381_268597643219512_100002078347056_591330_1017383542_n.jpg" width="320" /><br />
<br />
Circula em Florianópolis esta imagem como proposta de um metrô de superfície (VLT) para Florianópolis.<br />
Quanta irresponsabilidade. Há alguns meses atrás, o BRT foi lançado com pompas de cerimônia de entrega do Oscar, Acompanhei: para minha surpresa, o que a administração municipal chamou de BRT (Bus Rapid Transit ) era um ônibus emprestado de uma fábrica de carrocerias. Não havia projeto algum. Ora, quem conhece minimamente o conceito de BRT sabe que ele é bem mais do que um ônibus articulado (ou mesmo bi-articlado); o BRT é um sistema de transporte coletivo que necessita de calha exclusiva de rolagem, de projeto global de conexão (não apenas entre os ônibus, mas também com outros modais) e que compõe um Sistema de Mobilidade Urbana e mesmo inter-urbana. O ônibus foi apresentado antes do projeto, ou melhor, em detrimento de qualquer projeto (inclusive do Plano Diretor).<br />
Agora esta imagem (pausa para refletir). O que ela significa? <br />
Onde está o projeto que deu origem a esta imagem? Onde está o estudo Origem-Destino do transporte público de Florianópolis? Qual a relação do VLT com o BRT? Por qual ponte ele vai passar para ir ao Estreito? Por aquela que será construída pelo governo do estado cujo edital de elaboração do projeto foi suspenso ou pela Hercílio Luz restaurada? ou será que pela ponte Colombo Salles, voltando pela ponte Pedro Ivo e tendo que pegar o elevado Rita Maria (que não previu a passagem de um VLT)? Quanto custará o VLT?<br />
Essas imagens (Pontes, VLT, BRT, Viadutos) exparsas, desconexas, mostram o que temos hoje em termos de planejamento em Florianópolis; o Instituto de Planejamento da Cidade foi primeiro desqualificado; depois sucateado e hoje relegado a um plano inexpressivo. O futuro da cidade não é mais pensado: ele será o mosaico resultante dessas idéias que surgem aqui e acolá, ora da cabeça do prefeito, ora do vice-prefeito, ora de um secretário, ora do governo do estado.<br />
Em termos de custos, será que existe algum estudo? Se existe, seria bom vir a público.<br />
Eu tenho alguns dados: de maneira genérica, um estudo da Associação nacional das Empresas de Transportes Urbanos mostra que para construir <br />
<br />
<b><span style="color: #009136; font-family: MinionPro-Bold, serif;">Dois Eixos de BRT , com as seguintes características:</span></b><br />
- <span style="color: black; font-family: MinionPro-Regular, serif;">20
km de via (concreto) R$ 60 milhões<o:p></o:p></span><br />
-
<span style="color: black; font-family: MinionPro-Regular, serif;">6
terminais de integração R$ 60 milhões<o:p></o:p></span><br />
<span style="color: black; font-family: MinionPro-Regular, serif;">- 30
estações intermediárias R$ 16 milhões<o:p></o:p></span><br />
- <span style="color: black; font-family: MinionPro-Regular, serif;">Controle
e sinalização R$ 4 milhões<o:p></o:p></span><br />
- <span style="color: black; font-family: MinionPro-Regular, serif;">80
ônibus biarticulados ou 134 articulados R$ 80 milhões</span><br />
<span style="color: black; font-family: MinionPro-Regular, serif;"><strong>Total
do investimento R$ 220 milhões<o:p></o:p></strong></span><br />
<br />
<span style="color: #009136; font-family: MinionPro-Bold, serif;"><strong>Dois Eixos de VLT (metrô de superfície), para atender aos mesmos objetivos</strong></span><br />
<span style="color: #009136; font-family: MinionPro-Bold, serif;"><span style="color: black; font-family: MinionPro-Regular, serif;"><strong>Total do investimento R$ 808 milhões</strong></span></span><br />
<br />
<span style="color: #009136; font-family: MinionPro-Bold, serif;"><span style="color: black; font-family: MinionPro-Regular, serif;">No caso de Florianópolis, temos ainda que pensar na travessia das baías, cujo custo <strong>não</strong> está incluído nos números acima apresentados.</span></span><br />
<span style="color: #009136; font-family: MinionPro-Bold, serif;"><span style="color: black; font-family: MinionPro-Regular, serif;">Evidentemente que não é apenas o custo que vai definir a escolha, mas para tomar a decisão de um projeto de uma tal soma, precisamos ser, no mínimo responsáveis e termos um plano metropolitano de mobilidade integrada a outros modais.. </span></span><br />
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com2