segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Planejamento urbano em Florianópolis

A leitura de hoje: 

1. A atual administração da cidade reage aos seus problemas ao invés de se anteceder a eles; o planejamento é exatamente  isto: se antecipar aos problemas, ou planejamos ou aceitamos o futuro seja ele qual for; ou planejamos ou somos reféns dos problemas;

2. É preciso conhecer quais sao as respostas do urbanismo contemporâneo para os problemas da cidade. Muitas das respostas dadas à nossa cidade são respostas ultrapassadas de um urbanismo funcionalista pensadas a partir da idéia da circulação de automóveis. O órgão de planejamento da cidade está sucateado; seu quadro técnico é insuficiente e administração atual não o renova.

Princípios para um Planejamento para Florianopolis

1. Fortalecer um órgão de planejamento que possa compreender os processos e as dinâmicas que envolvem a ocupação do Território de Florianópolis. Usar o planejamento para induzir o desenvolvimento da cidade.

2. Criar um mecanismo institucional que possa dialogar constantemente com a população sobre espaço vivido.

3. Pensar a cidade a partir de seus espaços públicos e não como o negativo dos espaços construídos.

4. Pensar os problemas da mobilidade urbana a partir de quatro elementos que a determinam e que a  qualificam
          4.1. A mobilidade tem relação direta com a forma que ocupamos o território. Evitar grandes pólos geradores de trafego na ilha.
          4.2. Opção pela intermodalidade com ênfase no transporte coletivo e adaptado às diferentes condições do território;
          4.3. Sistema viário precisa ser repensado em termos de sua conectividade.
          4.4. Privilegiar modais com baixo impacto sobre o território.

5. Pensar o município  de Florianópolis como um território com grandes limites de ocupação. Definir limites claros onde a ocupação é desejável e onde não se quer ocupar.

6. Desenvolver infraestrutura urbana apenas onde se deseja a ocupação e por outro lado, permitir a ocupação apenas onde a infra estrutura permitir.

7. Democratizar o direito à cidade, entendido como direito à habitação, aos serviços, aos espaços públicos e à definição dos rumos da cidade.

8. Pensar os problemas da cidade no contexto da região metropolitana.

9. Resgatar as demandas da população de Florianópolis externalizadas no processo do plano diretor iniciado em 2006.

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